quarta-feira, 12 de março de 2014

Prefeitura começa trabalho inédito junto aos acumuladores da cidade

O perfil dos acumuladores - pessoas que guardam grande quantidade de objetos sem valor ou mantém muitos animais domésticos em condições inadequadas - começou a ser traçado pela Prefeitura de Curitiba nesta quarta-feira (12), em uma parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Em uma ação inédita, equipes das secretarias municipais do Meio Ambiente e da Saúde percorreram residências em bairros da administração regional do Portão. Nesta fase piloto do projeto, que deve durar um mês, serão vistoriados cerca de 20 potenciais acumuladores. Este período servirá para validar o questionário e o formulário de atendimento, aplicados pelas equipes nas residências visitadas.
O projeto é custeado pela Fundação Araucária do Paraná, em edital de Sistema Único de Saúde, com recursos de R$ 140 mil. Na primeira etapa, com base em dados e reclamações registradas pela Fundação de Ação Social e secretarias do Meio Ambiente e Saúde, foram detectados 189 acumuladores em Curitiba.
Após os bairros da Regional do Portão, todas as outras regiões da cidade irão receber a visita dos técnicos para aplicação dos questionários nas residências com perfil de acumulação de objetos ou animais. “Este é um trabalho inédito no Brasil. Curitiba ao estabelecer uma ação como esta, poderá mapear a situação e ter base para planejar ações para diminuir os danos causados por essa situação”, disse o diretor do departamento de Pesquisa e Conservação de Fauna da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Alexander Biondo.
O objetivo de fazer mapeamento e diagnóstico dos acumuladores da cidade é poder, a partir disto, desenvolver um plano de ação estratégico para atuar em situações de risco, como incêndios, alagamentos ou mesmo em caso de morte do proprietário da casa, além de oferecer o tratamento adequado a cada situação.
“Temos que saber onde há grandes concentrações de animais domésticos, para que possamos nos preparar para eventuais resgates ou para atender outras situações de risco”, explica o diretor do departamento, Alexander Biondo.

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