quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

RÁDIO MARINGÁ - Curitiba amplia acompanhamento da saúde dos participantes do Bolsa Família

Curitiba ampliou o acompanhamento de saúde de crianças e gestantes participantes do Programa Bolsa Família em oito pontos porcentuais. Em 2014, de janeiro a julho, a cobertura chegou a 85,3% dos inscritos no programa federal de transferência de renda, ante um índice de 77,3% registrado no mesmo período do ano passado. Como o avanço, o acompanhamento na capital é o mais alto desde o início da série histórica, em 2006. No estado do Paraná, o índice foi de 79,3%.

O cadastro no programa, que tem por objetivo beneficiar famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza, é realizado em Curitiba pela Fundação de Ação Social (FAS), por meio dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS). Entretanto, é de responsabilidade da Secretaria Municipal da Saúde o acompanhamento das gestantes e das crianças menores de 7 anos em relação ao calendário vacinal e estado nutricional. O acompanhamento escolar, por sua vez, fica a cargo da Secretaria Municipal de Educação. Os dados são repassados ao governo federal, que é responsável pelo programa.

De acordo com o secretário municipal da Saúde, Adriano Massuda, a identificação e acompanhamento das gestantes e crianças contribuem para a queda expressiva na mortalidade materno e infantil da capital, que foi reduzida em mais de 20% desde o início de 2013. “Os números são os primeiros reflexos do reforço e dos investimentos que fizemos no Programa Mãe Curitibana desde o início do ano. Conseguimos ampliar a cobertura de atendimento justamente entre as pessoas que mais necessitam de atenção”, disse Massuda.

Acompanhamento
Nas regiões mais carentes de Curitiba, cerca de 80% da população atendida por algumas unidades de saúde recebem o Bolsa Família. Este é o caso na unidade Palmeiras, no Tatuquara, responsável pelo atendimento de mais de 10 mil pessoas. “Abrangemos uma grande área de ocupação irregular e nossa população em sua maioria é extremamente carente. Esse acompanhamento é fundamental para que elas recebam o benefício, mas muito mais importante que isto, para conseguirmos prevenir doenças como desnutrição, obesidade infantil e que as gestantes realizem o pré-natal corretamente”, conta Luciana da Silva, coordenadora da unidade.

A dona de casa Monique Oliveira veio de Alagoas com a família no início deste ano. O marido trabalha em uma indústria de processamento de milho e a família recebe Bolsa Família por ter renda individual inferior a R$ 70 mensais. Moradora da Vila Palmeirae com três filhos com idade entre 1 e 11 anos, ela é atendida pela unidade de saúde Palmeiras. “O pessoal da unidade de saúde é uma extensão da minha família. Sempre me ajudam, cuidam com carinho dos meus filhos e sei que este trabalho que realizam, além de cuidar da nossa saúde, também garante que a gente receba o Bolsa Família”, conta Monique.

Rotineiramente, as agentes de saúde comunitárias Terezinha Correa e Roseli Martinhac percorrem a região onde Monique mora e conferem o calendário vacinal das crianças, se as consultas médicas estão em dia e se tem alguma gestante na região para iniciar o pré-natal. “Realizamos um questionário completo para as famílias, como está a alimentação das crianças, conferimos a carteirinha de vacinação e temos um livro de acompanhamento dos menores de dois anos”, explica Terezinha.
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